18 novembro 2009

Sexualidade e Magnetismo

Energia cosmica Por Thaíse Rodrigues

Este assunto foi tema de uma conversa com o colega Fabiano, na qual em meio às suas perguntas acabei escrevendo. Fabiano, espero ter respondido!!

Realmente, hoje em dia se esta cada vez mais prematura o ingresso na vida sexual, amadurecidos ou não para tal vivência. Vejo que em virtude de vários fatores (veículos de comunicação, músicas, filmes, através do estímulo e apelo da sensualidade desregrada, falta de diálogos e orientação de forma normal e sem alardes no lar, com conversas sinceras e sem precipitações. Cada ensino no momento próprio, cada lição por sua vez). Sabemos das dificuldades encontradas em famílias onde os pais encontram-se com baixo nível de instruções, alguns analfabetos, famílias desajustadas, etc.., em estabelecerem diálogos com seus filhos, porém podem buscar ajuda ao perceberem um mínimo de dificuldade na orientação. Agora aonde se buscar ajuda? Se as escolas falham (onde as condutas educativas não refletem corretamente o que ensinam), as igrejas reprimem com uma educação punitiva de céu e inferno e, a sociedade por sua vez fomenta o desajuste! Ó céus! Como o jovem se vê atirado a um círculo de desequilíbrios, é inevitável; segue a correnteza!. Temos o instrumento da educação como caminho a ser trilhado desde a: Família, escola, religião e sociedade; porém, não a estamos utilizando, ou, não estamos sabendo utilizá-la.

Durante muito tempo, o ensino a respeito do sexo foi totalmente bloqueado devido ao falso pudor existente entre as criaturas, entretanto, verificou-se que o fato de não se ensinar sexo e sexualidade ao adolescente não o impediu de praticá-lo dentro de conceitos condizentes, ou seja, de forma saudável, mas sim de acordo com suas impulsividades. Na atualidade, as escolas estão dando oportunidades ao adolescente de conhecerem o sexo do ponto de vista biológico. E aí surge outro problema: o ensino é apenas do ponto de vista biológico, mas e do ponto de vista ético moral?

Muitos jovens se precipitam em relações sexuais sem maior raciocínio, isso está conduzindo muitas pessoas aos casamentos apressados, ou mesmo forçados, e, ao aborto! Há um desconhecimento quanto à conduta sexual como uma das maiores causas de loucura a que milhões de almas são dilaceradas todos os dias pelas angustias sexuais!

Quando duas criaturas se associação através de suas energias sexuais, se estabelece uma permuta de energias perispirituais em que se alimentam mutuamente, energias estas que constituem o alimento afetivo imprescindível para reabastecer o perispírito dos desgastes energéticos naturais e, fundamentais para garantir o equilíbrio e a euforia de viver. Se, um dos parceiros, esquecendo-se da responsabilidade da união, envereda em nova aventura e abandona o consorte, pode provocar fortes desequilíbrios no companheiro (a). A criatura abandonada não recebendo mais o alimento energético a que estava habituada e se não dispões de fortes valores morais que lhe norteie, se não consegue colocar suas energias acumuladas rumo a uma atividade que beneficie o bem comum, entra em desequilíbrio (ciúmes, desprezo, despeito e pode chegar até a delinqüência, suicídio, homicídio, prostituição). Homem ou mulher que assim proceda cria dívidas cármicas no seu próprio caminho pois ninguém causa prejuízo a outra sem prejudicar a sí próprio. (Pesquisa do livro Família e Espiritismo). O fato é que ainda condicionamos nossas mentes ao sexo como dependência viciante, fonte geradora de desequilíbrios.

Durante busca das sensações, fazem-se promessas, dizem-se coisas que não se crê. Talvez, a pessoa acredite e passe a uma dependência psicológica, nascendo-lhe daí uma obsessão sexual, o que é pior... A pessoa deslumbra-se, começa a arquitetar planos, fixa-se neles, passa a alimentar-se do plasma hormonal da sexualidade do ser amado. Sentindo-se, posteriormente, defraudado, enlouquecerá.

Todo ser humano trás em si anseios de comunhão sexual que, constitui a carga erótica capaz de gerar em torno de si um campo de influencia atraindo ou repelindo outros seres, ou lhe sendo indiferentes, por conseguinte reclama responsabilidade e discernimento. Onde se expresse: “sexo é espírito e vida a serviço da felicidade e da harmonia do universo”; sua sede está na mente a exteriorizar no perispírito e este por sua vez no corpo físico, como um impulso criador (alma) ou um impulso sexual (matéria).

Sexo é principio universal, que se acha inserido em toda a manifestação do universo. Pode ser um dos instrumentos do amor, sem que o amor seja sexo; onde se aprende a trocar os valores divinos da alma entre si (alimentando- se reciprocamente através de permutas magnéticas, bastando-lhes na maioria das vezes a expressão de um olhar, de uma palavra, os simples gesto de carinho e compreensão para que recebam o magnetismo criado do coração amado), quando se aprende a se desprender das sensações carnais, logo a união sexual orgânica vai deixando de ser uma imposição. Deve-se, portanto utilizar o sexo como fonte de energia renovadora, porém com responsabilidade e equilíbrio, tanto antes como depois do casamento, uma vez que tudo que beira ao excesso deixa de ser saudável, e, passa a criar-se a tal dependência psicológica e corporal viciante, a qual adoecerá o perispírito e por conseqüência o corpo. (exemplo do caso de um homem que não consegue mais deixar de ter menos de quatro relações sexuais por dia (estímulos sexuais muito ativos que só tendem a aumentar por conta de tais estímulos), este, portanto, passa a ser considerado como dependente do sexo, condicionado psicologicamente ao sexo, está em desequilíbrio e está doente!).

O sexo quando usado de forma equilibrada como vimos, pode ser fonte de benefícios magnéticos para o perispírito, porém não é a única forma de trazer energia revitalizadora para o perispírito, pois podemos também encontrá-la em outros tipos de atividades como: esportes, música, arte, lazer, mediunidade e tudo que seja voltado para o bem.

Em todo esse contexto, vejo o matrimônio como uma necessidade ético-legal para a disciplina dos nossos desequilíbrios da sensualidade. Uma injunção educativa onde não podemos esquecer que o amor deve estar acima do sexo.

Termino este texto com as palavras de Joana Di Ângelis:

“O ato sexual é o resultado de uma viagem que se empreende com muita beleza e se programa com muito cuidado até a hora de chegar-se ao local desejado. O importante numa viagem, o gratificante são a preparação, as expectativas, o trânsito e, por certo, a chegada. Muitos crêem que o bom de uma viagem é chegar-se lá. Os que são sábios, porém, compreendem que o bom de uma viagem começa com a própria viagem, considerando-se que, não raro, há muitas chegadas decepcionantes...”

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